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postheadericon A Oração de Jabez: O Poder transformador da Oração.



IPB Alvorada 05/07/09.


Tema: Oração


Título: “A Oração de Jabez: O Poder transformador da Oração”

PRÉ-INTRODUÇÃO:


Você conhece o poder da oração? Você já experimentou do milagre da ação de Deus no impossível?
Muitas vezes nós não temos atentado para a grandiosidade que é a oração atendida.

Transição: E hoje, para falarmos do poder da oração convido os irmãos a abrirem suas Bíblias em:


Texto Bíblico de:
“I Crônicas 4:9-10”

09- Foi Jabez mais ilustre do que seus irmãos; sua mãe chamou-lhe Jabez, dizendo: Porque com dores o dei à luz. 10- Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Oh! Tomara que me abençoes e me alargues as fronteiras, que seja comigo a tua mão e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição! E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido.

INTRODUÇÃO:


Existem alguns personagens bíblicos que pairam quase anônimos entre o povo de Deus. Um desses é Jabez.
Ele aparece citado em um dos trechos menos lidos de toda a Bíblia. Entre a genealogia oficial das tribos hebréias.
Bem no meio de uma genealogia – que por vezes consideramos árida para a edificação espiritual – encontramos uma pérola da ação divina: A oração de Jabez. Um hiato entre tantos nomes.
O seu nome figura no meio de mais de 500 outros. Vem logo após 44 anteriores e depois dele a história segue normal. Não são muitos os que se aventuram a ler, estudar e meditar nestes capítulos (1-9).
Apesar de o nosso ilustre amigo ser desconhecido de muitos; Jabez era conhecido de Deus e tido como ...mais ilustre do que seus irmãos. O que fez de Jabez alguém ilustre? Qual a sua diferenciação?
Ele não era um homem comum. Não era mais um nome em uma genealogia. Não era uma mera estatística de um povo. Jabez era um homem que temia e confiava no Deus de Israel.
Jabez não foi lembrado nem engrandecido pelo que ele fez, mas sim pela sua oração. A oração dele fez toda a diferença para Deus e para ele próprio.
Apenas dois versos narram a história completa de uma pequena oração e o seu resultado para toda a vida de um homem.

Transição: Eu não sei qual a extensão da sua fé no poder da oração, mas posso lhe afirmar que Deus continua transformando vidas por intermédio da oração e nesta noite Ele quer transformar a sua vida. Observemos os passos de Jabez rumo à bênção de Deus:


1-) JABEZ PEDIU BÊNÇÃOS SOBRE A SUA VIDA: (“Oh! Tomara que me abençoes...”)

Jabez começou orando assim: “Oh! Tomara que me abençoes...”
Ele se preocupava, em primeiro lugar em estar, ele mesmo, desfrutando da presença e da bênção do Senhor.
Não é egoísmo e nem mesmo prepotência. Acontece que para que possamos ser abençoadores, precisamos, nós mesmos experimentarmos da bênção.
Jesus orou por Ele mesmo. Paulo instruiu Timóteo a cuidar de si mesmo em primeiro lugar e depois da doutrina.
O que há de mais importante para Deus em nós é nós mesmos. Deus nos ama e quer que O conheçamos pessoalmente como Ele é; na totalidade do esplendor da sua Glória.
O nome de Jabez significava “dor” (v.09) e com certeza lhe trazia alguma carga negativa quanto a bênção de Deus. Sabemos que os nomes tinham grande significado entre o povo de Israel.
Jacó, por exemplo, cujo nome significava “enganador”, foi abençoado e passou a chamar-se Israel, que quer dizer “príncipe com Deus”. Não que os nossos nomes nos abençoem ou nos amaldiçoem, mas aqui vemos uma situação de real mudança em uma vida.
Ao pedir para que Deus o abençoasse, Jabez estava pedindo para que Deus mudasse o seu futuro. Tirasse a dor da sua história, seja ela qual fosse. O que Jabez queria era ser transformado pela ação de Deus.
Você já orou com instância pedindo a bênção de Deus sobre a sua vida? Já fez como Jabez, Jacó e outros? Vamos orar juntos nesse sentido?


2-) JABEZ PEDIU BÊNÇÃOS SOBRE SUAS POSSES: (...me alargues as fronteiras...)

Quando se fala em fronteiras logo pensamos em extensão de terra, o que, a bem da verdade, é um pensamento correto.
Jabez, ao pedir este tipo de prosperidade não tinha em mente apenas as suas finanças. Ele pensava em erguer o nome do Deus de Israel através dos seus pertences.
A prosperidade é algo importante na vida das pessoas. Todos nós precisamos de dinheiro, de trabalho, de saúde, moradia e essas coisas, e isso não é deixar de ser espiritual. Isso faz parte da nossa humanidade e das nossas necessidades.
Jabez sabia disso. Ele pensava no sustento de seus filhos e na subsistência de sua casa. Com toda a certeza, como todo homem fiel a Deus, ele também pensava no sustento do povo e da casa de Deus.
Alargar as fronteiras é pedir mais influência, mais notoriedade e até mesmo, mais responsabilidades para Deus. É não fugir dos obstáculos da vida e pedir a Deus mais força para vencê-los.
Jabez tinha gana por ser maior do que era. Isso não é mal, desde que seja de maneira comedida e Bíblica. Ele não roubou, não enganou, não mentiu, não trocou a glória e a presença de Deus, antes ele clamou, ele pediu e confiou...
O que ele pediu é para que a mão do Senhor fosse com ele e o guiasse em tudo. Isto é o que nos falta muitas vezes. A mão do Senhor sobre nós.
Você, alguma vez já fez isso? Já pediu para que Deus lhe dê mais fronteiras, mais dinheiro para empregar, um melhor emprego, tudo isso para a glória de Deus? Vamos orar nesse sentido?


3-) JABEZ PEDIU LIVRAMENTO DO MAL: (que seja comigo a tua mão e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição!)

Todos nós sabemos que muitas vezes a bênção que recebemos de Deus é motivo de soberba para o nosso coração, e aquilo que foi uma grande bênção, é transformado em maldição pelo terrível poder do pecado que habita em nós.
Jabez parece conhecer o poder devastador da maldade humana e, juntamente com a prosperidade ele pede um antídoto para que não viesse a ensoberbecer-se: “...me preserves do mal e da aflição...”
Essas palavras, na verdade são uma declaração de vulnerabilidade à ação mundana das posses e do poder. Muita gente não sabe lidar com isso, e esta peculiaridade vem a ser a sua derrocada.
O perigo de se afastar da vontade de Deus e confiar em si mesmo e em sua notoriedade fez com que este homem pedisse proteção ao Senhor.
Este pedido assemelha-se ao que Davi pediu ao Senhor no Salmo 141:3-4 – “Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios. Não permitas que o meu coração se inclina para o mal, para a prática da perversidade na companhia de homens que são malfeitores; e não coma eu das suas iguarias.”
Todos precisamos ter esta santa vacina do Espírito Santo de Deus contra a soberba da vida. Não há quem esteja imune ao vírus letal do pecado. É só no poder de Cristo que temos a redenção.
Você já orou neste sentido? Já pediu para que Deus o livre do mal? Já pediu para Deus livrá-lo do poder do seu próprio pecado? Vamos orar nesse sentido?


4-) DEUS ATENDEU A ORAÇÃO DE JABEZ: (E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido.)

A Bíblia nos diz que Jabez era mais ilustre do que seus irmãos. Deus observou o seu pedido. Ele se destacou por ter buscado o poder e a bênção de Deus.
Aqui vemos o amor de Deus demonstrado sobre a linhagem de Judá. Jabez era da linhagem de Judá e foi destacado por Deus.
Jabez prefigura cada um de nós que carecemos da bênção de Deus. Ele é um modelo para o crente normal, o crente anônimo. Ele é um modelo de oração e de transformação da vida por intermédio da oração.
Deus tem procurado homens e mulheres assim, crentes que se preocupam em buscar a bênção de Deus. Pessoas que estão dispostas a mudar as suas vidas por intermédio de um relacionamento mais íntimo e direto com Deus.
Jabez não foi atendido por ser especial, ou por ser melhor do qualquer outro israelita. Deus o abençoou pelo fato de Jabez ter orado segundo a vontade de Deus. (1Jo.5:14: E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.)
Esta é a oração que agrada a Deus. Uma oração preocupada com a espiritualidade, com a vida, com a alma.
Quando cercamos nossa vida da presença do Senhor, Ele tem prazer em nos abençoar e nos fazer prosperar. É só buscá-Lo em primeiro lugar que as demais coisas nos serão acrescentadas.
Você já assumiu esta postura de buscar a Deus em primeiro lugar como Jabez o fez? Esse foi o grande diferencial da vida deste homem de dois versículos. A oração transformou toda a sua realidade.
A Palavra nos diz que a mão do Senhor não está encolhida nem surdo o seu ouvido (Is.59:1: Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir.)


CONCLUSÃO:


Amados, Jabez poderia ser apenas mais um nome citado em uma enorme genealogia Bíblica recheada de personagens completamente desconhecidos. Ele seria apenas mais um na multidão.
Acontece que este homem confiava no poder da oração, no poder transformador de Deus. Este homem sabia que o Deus que a tudo vê também veria o seu clamor.
Esta é a diferença entre um crente normal, entre mais um dentro da Igreja.. Esta é a diferença entre a normalidade e o milagre de Deus. Jabez era mais ilustre porque ele cria e esperava o milagre.

Eu quero nesta noite lançar um desafio a você: Quero desafiá-lo a ser um ilustre diante do Senhor; a ser um crente diferenciado, um abençoado, uma vida transformada, uma pessoa que é transformada pelo poder da oração.


Em Cristo Jesus. A quem seja toda a Glória, Honra e Louvor por toda a eternidade. Amém.


Rev. Alessandro Capelari.

postheadericon Deus sabe do que precisamos.


Em trabalho de parto, apesar do esforço ela não resistiu e nos deixou com um bebê prematuro e uma filha de dois anos em prantos. Era muito complicado manter o bebê vivo sem uma incubadora (não tínhamos eletricidade para ativar uma incubadora). Também não tínhamos recursos adequados de alimentação.
Mesmo morando na linha do equador, as noites eram, não raro, frias com aragens traiçoeiras. Uma das aprendizes de parteira foi buscar a caixa que reservávamos a tais bebês e os panos de algodão para envolvê-los. Uma outra foi alimentar o fogo para aquecer uma chaleira de água para a bolsa de água quente. Sem demora retornou desconsolada pois a bolsa havia rompido. Borracha estraga fácil em clima tropical. "Era nossa última bolsa", disse-me.
Assim como no ocidente se diz que “não adianta chorar sobre o leite derramado”, na África central poderia ser que “não adianta chorar sobre bolsas estragadas”. Elas não crescem em árvores, e não existem farmácias no meio das florestas ...
Muito bem – disse eu. Coloque o bebê em segurança tão próximo quanto possível do fogo e durmam entre a porta e o bebê para protegê-las das lufadas de vento frio. Mantenham o bebê aquecido.
Na tarde seguinte, fui orar com as órfãs que eventualmente quisessem reunir-se comigo. Fiz uma série de sugestões que pudessem despertá-las a orar e, também, contei-lhes sobre o bebê. Expliquei nossa dificuldade em manter o bebê aquecido em função da única bolsa de água quente que havia estourado. E que o bebê poderia morrer de frio. Mencionei a irmãzinha de 2 anos que não parava de chorar a perda e ausência da mãe.
Durante as orações, uma das meninas, de 10 anos, com aquela fé estonteante das crianças africanas, orou: “Por favor, Deus, manda-nos uma bolsa de água quente. Amanhã talvez já vai ser tarde, Deus, porque o bebê pode não agüentar. Por isso, manda a bolsa ainda hoje.” Enquanto eu ainda procurava recuperar o ar diante de tamanha audácia, ela ainda acrescentou: “E já que estás cuidando disso, Deus, por favor, manda junto uma boneca para a maninha dela, para que saiba que também a amas de verdade.”
Como acontece muito com crianças, me colocaram em apuros. Poderia eu, honestamente, dizer: "Amém”? Eu simplesmente não podia acreditar que Deus poderia fazê-lo.
O único jeito de Deus atender tal pedido seria por encomenda à minha terra natal, via correio. Eu estava então na África, por 4 anos. E jamais havia recebido uma encomenda postal em casa. De qualquer forma, se alguém mandasse algo, poria nela uma bolsa de água quente? Eu morava na linha do equador!
À meia tarde, durante uma aula da escola de enfermagem, veio um recado dizendo que um carro estacionara no portão de minha casa. Ao chegar lá, o carro já havia partido, mas deixara um pacote de 11 kg na varanda.
Meus olhos lacrimejaram... Não consegui abrir o pacote sozinho, e solicitei que algumas crianças do orfanato me ajudassem. Tudo foi feito com muito cuidado para que nada fosse danificado. Os corações batiam forte. Trinta a quarenta olhos acompanhavam arregaladamente cada ação.
A camada de cima era composta de roupas coloridas e cintilantes. Os olhinhos das crianças brilhavam à medida em que as distribuía. Depois vieram as ataduras para os leprosos, caixinhas de uva passas e farinha, que dariam gostosos bolos para o fim de semana. Quando pus as mãos de novo na caixa, pasmem...
“Uma bolsa de água quente, novinha em folha” – eu gritei! Eu não havia feito nenhuma encomenda neste sentido. Rute, que estava no banco da frente, saltou e começou a gritar: “Se Deus mandou a bolsa, Ele também mandou a boneca!” Enfiando a mão na caixa, me pus à procura da boneca. E lá estava ela, maravilhosamente vestida! Rute nunca duvidara. Olhando para mim, perguntou: “Posso ir junto levar a boneca para aquela menina, para que ela saiba que Jesus também a ama muito?”
Este pacote estivera a caminho por 5 meses. Foi uma iniciativa da minha ex-professora de escola bíblica, cuja líder atendeu a voz do Senhor de enviar uma bolsa de água quente. E uma das meninas da turma decidiu mandar junto uma boneca cinco meses antes, em resposta a uma oração de outra menina de 10 anos que acreditou fielmente que Deus atenderia a sua oração, ainda naquela tarde.

“E será que, antes que clamem, Eu responderei...” (Is.65:24)

Traduzido pelo Rev. Oscar Lehenbauer

Boletim 170 da IPB Jd. Alvorada.

postheadericon Os 500 anos de João Calvino...


OS 500 ANOS DE CALVINO
Por: Pb. Solano Portela

O dia 10 de julho marca a data memorável dos 500 anos desde o nascimento de João Calvino. Contrário ao que muitos pensam, ele não criou ou formulou novas doutrinas, mas foi hábil sistematizador das verdades bíblicas, exemplo de devoção e exegeta preciso, deixando esse legado precioso, que já atravessa cinco séculos!

Calvino “está um nível acima de qualquer comparação, no que diz respeito à interpretação da Escritura. Os seus comentários precisam ser muito mais valorizados do que quaisquer dos escritos que recebemos dos pais da igreja”! Esse endosso entusiasmado de Calvino e de seus dons como comentarista e intérprete bíblico foi emitido por aquele que é considerado o seu grande inimigo: Jacobus Arminius! Charles Haddon Spurgeon, registra isso e classifica o comentarista Calvino como “príncipe entre os homens” e apresenta, ainda, a citação favorável de um Padre Católico Romano (Simon): “Calvino possui um gênio sublime”.

O que levaria Armínio, que divergiu com tanta intensidade da compreensão calvinista da soberania de Deus e da extensão da escravidão ao pecado na qual se encontra a humanidade; ou mesmo um católico romano, com sua discordância do modo de salvação defendido por Calvino, pronunciar tais elogios sobre João Calvino?

Certamente eles se rendem à precisão, devoção e seriedade com as quais João Calvino aborda a Palavra Sagrada, em seus escritos. Spurgeon destaca a sinceridade de Calvino e a tônica que o classifica como um exegeta, em paralelo a todas às suas demais qualificações. Ele disse, “a sua intenção honesta foi a de traduzir o texto original, do hebraico e do grego, com a maior precisão possível, partindo desse ponto para expor o significado contido nas palavras gregas e hebraicas: ele se empenhou, na realidade, em declarar não a sua própria mente acima das palavras do Espírito, mas a mente do Espírito abrigada naquelas palavras”. É por isso que Richard Baxter deu esse testemunho: “Não conheço outro homem, desde os dias dos apóstolos, que eu valorize e honre mais do que João Calvino. Eu me aproximo e tenho grande estima do seu juízo sobre todas as questões e sobre seus detalhes”.

É nessa linha e atribuindo esse valor, que devemos receber e apreciar os escritos de Calvino. Além do mais conhecido - As Institutas da Religião Cristã (tradução curiosa, que teria sido melhor vertida como: "Os Fundamentos da Religião Cristã"), temos a excelência dos seus comentários, como já apresentou o Dr. Mauro Meister, no seu post anterior.

Romanos foi o primeiro comentário escrito, em 1540, e, na seqüência, as demais cartas de Paulo. O comentário sobre a Segunda carta de Paulo aos Coríntios foi o terceiro livro escrito nessa série, concluído em agosto de 1546 (1 Coríntios foi concluído em janeiro de 1546; os comentários às demais epístolas de Paulo foram concluídos em 1548). Seu último comentário foi publicado em 1563. Todos esses livros foram originalmente escritos em latim. Para completar a totalidade da Bíblia, ficaram faltando: Juízes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras, Nemias, Ester, Jó, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, 2 e 3 João e Apocalipse). Quando Calvino faleceu, ele estava escrevendo o comentário de Ezequiel.

Seguindo o seu costume, Calvino iniciou o Comentário da Segunda Carta aos Coríntios com uma dedicatória feita a Melchior Wolmar Rufus, um alemão muito famoso, professor de Direito Civil, alvo de sua profunda gratidão. Teodoro Beza (1519-1605) escreveu o seguinte sobre Melchior Wolmar, em sua “Vida de João Calvino”: “A sua erudição, piedade e outras virtudes; em conjunto com suas habilidades admiráveis como professor de jovens, não podem ser suficientemente destacadas. Em função de uma sugestão sua e por sua atuação, Calvino aprendeu a língua grega”. Assim, em meio aos seus estudos de advocacia, Calvino, aos 22 anos de idade, aprende a dominar uma das línguas originais da Bíblia, formando o alicerce de sua vida eclesiástica, como exegeta, hermeneuta e teólogo.

João Calvino é reconhecidamente um exegeta, um hermeneuta e um mestre em poimênica, mas ele é, antes de tudo, um Teólogo Sistemático. Certamente ele é mais famoso por seu tratado de teologia – As Institutas. Mas é nos comentários que ele escreveu ao longo de sua curta vida, que ele demonstra o apreço que tem para a fonte de sua sistematização teológica – a Bíblia. Os Comentários são importantíssimos, pois derrubam a pecha de que Calvino é um racionalista cujas ilações contrariam não somente o bom senso, mas o próprio ensino da Palavra de Deus. Não pode ser aceita, portanto, a visão propagada por oponentes de Calvino, de que ele deixa a visão orgânica do Reino para trás e embarca em um delírio racional, que o leva a conclusões sobre a soberania de Deus não encontradas nas Escrituras. Ora, é exatamente na Palavra de Deus, estudando texto a texto, onde Calvino encontrará a base para reafirmar e extrair todas as suas convicções e ensinamentos. Não deve nos surpreender que Calvino, o teólogo sistemático, começasse comentando Romanos (que ele considerava a chave para a interpretação correta das Escrituras) e as cartas de Paulo aos Coríntios. Estes livros são sistemáticos na apresentação de doutrinas fundamentais da Fé Cristã, interpretando e aplicando os ensinamentos dos Evangelhos; explicando os fundamentos vetero-testamentários; firmando os passos da igreja de Cristo na Nova Aliança.

É interessante, também, que mesmo quando Calvino se envolve em um mergulho profundo nos livros da Bíblia, trecho por trecho, para desvendar o seu significado e na busca das lições supremas registradas por Deus, ele não perde a visão sistemática das doutrinas. Assim, em seus comentários ele não se contenta apenas em dar um resumo do livro que passará a examinar, mas também apresenta “o argumento” que norteou o autor na escrita do livro: o desenvolvimento sistemático do raciocínio do autor, e a lógica argumentativa dos pontos que necessitavam ser estabelecidos pela carta.

Na segunda carta de Paulo aos coríntios (possivelmente a terceira que escrevia aos Coríntios, pois 1 Co 5.9, faz referência a uma primeira – antes de 1 Coríntios, possivelmente não inspirada, no sentido canônico), temos a continuidade de instrução a uma igreja marcada por graves problemas de conduta, eivada de incompreensões doutrinárias, que havia motivado duras repreensões da parte do apóstolo. As notícias mais recentes, entretanto, são encorajadoras (7.5-7) e é nesse clima que Paulo, em meio às suas instruções práticas, abre o seu coração, defende a sua autoridade apostólica e prepara aqueles irmãos para uma futura visita.

Calvino penetra no espírito dessa carta à Igreja de Corinto. Explicando palavra a palavra, ou frase a frase, conforme a necessidade – recorrendo ao seu extenso conhecimento da língua grega e fazendo comparações elucidativas – ele vai nos auxiliando o entendimento. Através do comentarista, passamos a entender Paulo melhor, não somente os seus sentimentos, mas as doutrinas cabais que procura passar aos seus leitores, como a abnegação do “eu”, ensinada em 1.3-11. Em Calvino, neste Comentário, encontraremos exposições magistrais, como por exemplo o ensino da pureza da Igreja, registrado em 6.14-7.1, onde ele nos dá o contexto completo da situação de envolvimento com descrentes vivida por alguns daquela igreja. Nesse trecho ele mostra que Paulo trata de questões que transcendem a comum aplicação ao matrimônio (“jugo desigual”), referindo-se à perda de foco do Povo de Deus e à promiscuidade relacional deste, com o mundo.

Ao relembrarmos o nascimento desse gigante de Deus, com ação de graças pelo seu legado, devemos orar para que o Soberano Senhor, através da leitura dos textos de Calvino, produza fruto de santidade e luz em nossas vidas.

(Extraído de http://www.tempora-mores.blogspot.com/)

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