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Os Desigrejados

Para mim resta pouca dúvida de que a igreja institucional e organizada está hoje no centro de acirradas discussões em praticamente todos os quartéis da cristandade, e mesmo fora dela. O surgimento de milhares de denominações evangélicas, o poderio apostólico de igrejas neopentecostais, a institucionalização e secularização das denominações históricas, a profissionalização do ministério pastoral, a busca de diplomas teológicos reconhecidos pelo estado, a variedade infindável de métodos de crescimento de igrejas, de sucesso pastoral, os escândalos ocorridos nas igrejas, a falta de crescimento das igrejas tradicionais, o fracasso das igrejas emergentes – tudo isto tem levado muitos a se desencantarem com a igreja institucional e organizada.

Alguns simplesmente abandonaram a igreja e a fé. Mas, outros, querem abandonar apenas a igreja e manter a fé. Querem ser cristãos, mas sem a igreja. Muitos destes estão apenas decepcionados com a igreja institucional e tentam continuar a ser cristãos sem pertencer ou frequentar nenhuma. Todavia, existem aqueles que, além de não mais frequentarem a igreja, tomaram esta bandeira e passaram a defender abertamente o fracasso total da igreja organizada, a necessidade de um cristianismo sem igreja e a necessidade de sairmos da igreja para podermos encontrar Deus. Estas idéias vêm sendo veiculadas através de livros, palestras e da mídia. Viraram um movimento que cresce a cada dia. São os desigrejados.

Muitos livros recentes têm defendido a desigrejação do cristianismo (*). Em linhas gerais, os desigrejados defendem os seguintes pontos.

1) Cristo não deixou qualquer forma de igreja organizada e institucional.

2) Já nos primeiros séculos os cristãos se afastaram dos ensinos de Jesus, organizando-se como uma instituição, a Igreja, criando estruturas, inventando ofícios para substituir os carismas, elaborando hierarquias para proteger e defender a própria instituição, e de tal maneira se organizaram que acabaram deixando Deus de fora. Com a influência da filosofia grega na teologia e a oficialização do cristianismo por Constantino, a igreja corrompeu-se completamente.

3) Apesar da Reforma ter se levantado contra esta corrupção, os protestantes e evangélicos acabaram caindo nos mesmíssimos erros, ao criarem denominações organizadas, sistemas interligados de hierarquia e processos de manutenção do sistema, como a disciplina e a exclusão dos dissidentes, e ao elaborarem confissões de fé, catecismos e declarações de fé, que engessaram a mensagem de Jesus e impediram o livre pensamento teológico.

4) A igreja verdadeira não tem templos, cultos regulares aos domingos, tesouraria, hierarquia, ofícios, ofertas, dízimos, clero oficial, confissões de fé, rol de membros, propriedades, escolas, seminários.

5) De acordo com Jesus, onde estiverem dois ou três que crêem nele, ali está a igreja, pois Cristo está com eles, conforme prometeu em Mateus 18. Assim, se dois ou três amigos cristãos se encontrarem no Frans Café numa sexta a noite para falar sobre as lições espirituais do filme O Livro de Eli, por exemplo, ali é a igreja, não sendo necessário absolutamente mais nada do tipo ir à igreja no domingo ou pertencer a uma igreja organizada.

6) A igreja, como organização humana, tem falhado e caído em muitos erros, pecados e escândalos, e prestado um desserviço ao Evangelho. Precisamos sair dela para podermos encontrar a Deus.

Eu concordo com vários dos pontos defendidos pelos desigrejados. Infelizmente, eles estão certos quanto ao fato de que muitos evangélicos confundem a igreja organizada com a igreja de Cristo e têm lutado com unhas e dentes para defender sua denominação e sua igreja, mesmo quando estas não representam genuinamente os valores da Igreja de Cristo. Concordo também que a igreja de Cristo não precisa de templos construídos e nem de todo o aparato necessário para sua manutenção. Ela, na verdade, subsistiu de forma vigorosa nos quatro primeiros séculos se reunindo em casas, cavernas, vales, campos, e até cemitérios. Os templos cristãos só foram erigidos após a oficialização do Cristianismo por Constantino, no séc. IV.

Os desigrejados estão certos ao criticar os sistemas de defesa criados para perpetuar as estruturas e a hierarquia das igrejas organizadas, esquecendo-se das pessoas e dando prioridade à organização. Concordo com eles que não podemos identificar a igreja com cultos organizados, programações sem fim durante a semana, cargos e funções como superintendente de Escola Dominical, organizações internas como uniões de moços, adolescentes, senhoras e homens, e métodos como células, encontros de casais e de jovens, e por ai vai. E também estou de acordo com a constatação de que a igreja institucional tem cometido muitos erros no decorrer de sua longa história.

Dito isto, pergunto se ainda assim está correto abandonarmos a igreja institucional e seguirmos um cristianismo em vôo solo. Pergunto ainda se os desigrejados não estão jogando fora o bebê junto com a água suja da banheira. Ao final, parece que a revolta deles não é somente contra a institucionalização da igreja, mas contra qualquer coisa que imponha limites ou restrições à sua maneira de pensar e de agir. Fico com a impressão que eles querem se livrar da igreja para poderem ser cristãos do jeito que entendem, acreditarem no que quiserem – sendo livres pensadores sem conclusões ou convicções definidas – fazerem o que quiserem, para poderem experimentar de tudo na vida sem receio de penalizações e correções. Esse tipo de atitude anti-instituição, antidisciplina, anti-regras, anti-autoridade, antilimites de todo tipo se encaixa perfeitamente na mentalidade secular e revolucionária de nosso tempo, que entra nas igrejas travestida de cristianismo.

É verdade que Jesus não deixou uma igreja institucionalizada aqui neste mundo. Todavia, ele disse algumas coisas sobre a igreja que levaram seus discípulos a se organizarem em comunidades ainda no período apostólico e muito antes de Constantino.

1) Jesus disse aos discípulos que sua igreja seria edificada sobre a declaração de Pedro, que ele era o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.15-19). A igreja foi fundada sobre esta pedra, que é a verdade sobre a pessoa de Jesus (cf. 1Pd 2.4-8). O que se desviar desta verdade – a divindade e exclusividade da pessoa de Cristo – não é igreja cristã. Não admira que os apóstolos estivessem prontos a rejeitar os livre-pensadores de sua época, que queriam dar uma outra interpretação à pessoa e obra de Cristo diferente daquela que eles receberam do próprio Cristo. As igrejas foram instruídas pelos apóstolos a rejeitar os livre-pensadores como os gnósticos e judaizantes, e libertinos desobedientes, como os seguidores de Balaão e os nicolaítas (cf. 2Jo 10; Rm 16.17; 1Co 5.11; 2Ts 3.6; 3.14; Tt 3.10; Jd 4; Ap 2.14; 2.6,15). Fica praticamente impossível nos mantermos sobre a rocha, Cristo, e sobre a tradição dos apóstolos registrada nas Escrituras, sem sermos igreja, onde somos ensinados, corrigidos, admoestados, advertidos, confirmados, e onde os que se desviam da verdade apostólica são rejeitados.

2) A declaração de Jesus acima, que a sua igreja se ergue sobre a confissão acerca de sua Pessoa, nos mostra a ligação estreita, orgânica e indissolúvel entre ele e sua igreja. Em outro lugar, ele ilustrou esta relação com a figura da videira e seus galhos (João 15). Esta união foi muito bem compreendida pelos seus discípulos, que a compararam à relação entre a cabeça e o corpo (Ef 1.22-23), a relação marido e mulher (Ef 5.22-33) e entre o edifício e a pedra sobre o qual ele se assenta (1Pd 2.4-8). Os desigrejados querem Cristo, mas não querem sua igreja. Querem o noivo, mas rejeitam sua noiva. Mas, aquilo que Deus ajuntou, não o separe o homem. Não podemos ter um sem o outro.

3) Jesus instituiu também o que chamamos de processo disciplinar, quando ensinou aos seus discípulos de que maneira deveriam proceder no caso de um irmão que caiu em pecado (Mt 18.15-20). Após repetidas advertências em particular, o irmão faltoso, porém endurecido, deveria ser excluído da “igreja” – pois é, Jesus usou o termo – e não deveria mais ser tratado como parte dela (Mt 18.17). Os apóstolos entenderam isto muito bem, pois encontramos em suas cartas dezenas de advertências às igrejas que eles organizaram para que se afastassem e excluíssem os que não quisessem se arrepender dos seus pecados e que não andassem de acordo com a verdade apostólica. Um bom exemplo disto é a exclusão do “irmão” imoral da igreja de Corinto (1Co 5). Não entendo como isto pode ser feito numa fraternidade informal e livre que se reúne para bebericar café nas sextas à noite e discutir assuntos culturais, onde não existe a consciência de pertencemos a um corpo que se guia conforme as regras estabelecidas por Cristo.

4) Jesus determinou que seus seguidores fizessem discípulos em todo o mundo, e que os batizassem e ensinassem a eles tudo o que ele havia mandado (Mt 28.19-20). Os discípulos entenderam isto muito bem. Eles organizaram os convertidos em igrejas, os quais eram batizados e instruídos no ensino apostólico. Eles estabeleceram líderes espirituais sobre estas igrejas, que eram responsáveis por instruir os convertidos, advertir os faltosos e cuidar dos necessitados (At 6.1-6; At 14.23). Definiram claramente o perfil destes líderes e suas funções, que iam desde o governo espiritual das comunidades até a oração pelos enfermos (1Tm 31-13; Tt 1.5-9; Tg 5.14).

5) Não demorou também para que os cristãos apostólicos elaborassem as primeiras declarações ou confissões de fé que encontramos (cf. Rm 10.9; 1Jo 4.15; At 8.36-37; Fp 2.5-11; etc.), que serviam de base para a catequese e instrução dos novos convertidos, e para examinarem e rejeitarem os falsos mestres. Veja, por exemplo, João usando uma destas declarações para repelir livre-pensadores gnósticos das igrejas da Ásia (2Jo 7-10; 1Jo 4.1-3). Ainda no período apostólico já encontramos sinais de que as igrejas haviam se organizado e estruturado, tendo presbíteros, diáconos, mestres e guias, uma ordem de viúvas e ainda presbitérios (1Tm 3.1; 5.17,19; Tt 1.5; Fp 1.1; 1Tm 3.8,12; 1Tm 5.9; 1Tm 4.14). O exemplo mais antigo que temos desta organização é a reunião dos apóstolos e presbíteros em Jerusalém para tratar de um caso de doutrina – a inclusão dos gentios na igreja e as condições para que houvesse comunhão com os judeus convertidos (At 15.1-6). A decisão deste que ficou conhecido como o “concílio de Jerusalém” foi levada para ser obedecida nas demais igrejas (At 16.4), mostrando que havia desde cedo uma rede hierárquica entre as igrejas apostólicas, poucos anos depois de Pentecostes e muitos anos antes de Constantino.

6) Jesus também mandou que seus discípulos se reunissem regularmente para comer o pão e beber o vinho em memória dele (Lc 22.14-20). Os apóstolos seguiram a ordem, e reuniam-se regularmente para celebrar a Ceia (At 2.42; 20.7; 1Co 10.16). Todavia, dada à natureza da Ceia, cedo introduziram normas para a participação nela, como fica evidente no caso da igreja de Corinto (1Co 11.23-34). Não sei direito como os desigrejados celebram a Ceia, mas deve ser difícil fazer isto sem que estejamos na companhia de irmãos que partilham da mesma fé e que crêem a mesma coisa sobre o Senhor.

É curioso que a passagem predileta dos desigrejados – “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18.20) – foi proferida por Jesus no contexto da igreja organizada. Estes dois ou três que ele menciona são os dois ou três que vão tentar ganhar o irmão faltoso e reconduzi-lo à comunhão da igreja (Mt 18.16). Ou seja, são os dois ou três que estão agindo para preservar a pureza da igreja como corpo, e não dois ou três que se separam dos demais e resolvem fazer sua própria igrejinha informal ou seguir carreira solo como cristãos.

O meu ponto é este: que muito antes do período pós-apostólico, da intrusão da filosofia grega na teologia da Igreja e do decreto de Constantino – os três marcos que segundo os desigrejados são responsáveis pela corrupção da igreja institucional – a igreja de Cristo já estava organizada, com seus ofícios, hierarquia, sistema disciplinar, funcionamento regular, credos e confissões. A ponto de Paulo se referir a ela como “coluna e baluarte da verdade” (1Tm 3.15) e o autor de Hebreus repreender os que deixavam de se congregar com os demais cristãos (Hb 10.25). O livro de Atos faz diversas menções das “igrejas”, referindo-se a elas como corpos definidos e organizados nas cidades (cf. At 15.41; 16.5; veja também Rm 16.4,16; 1Co 7.17; 11.16; 14.33; 16.1; etc. – a relação é muito grande).

No final, fico com a impressão que os desigrejados, na verdade, não são contra a igreja organizada meramente porque desejam uma forma mais pura de Cristianismo, mais próxima da forma original – pois esta forma original já nasceu organizada e estruturada, nos Evangelhos e no restante do Novo Testamento. Acho que eles querem mesmo é liberdade para serem cristãos do jeito deles, acreditar no que quiserem e viver do jeito que acham correto, sem ter que prestar contas a ninguém. Pertencer a uma igreja organizada, especialmente àquelas que historicamente são confessionais e que têm autoridades constituídas, conselhos e concílios, significa submeter nossas idéias e nossa maneira de viver ao crivo do Evangelho, conforme entendido pelo Cristianismo histórico. Para muitos, isto é pedir demais.

Eu não tenho ilusões quanto ao estado atual da igreja. Ela é imperfeita e continuará assim enquanto eu for membro dela. A teologia Reformada não deixa dúvidas quanto ao estado de imperfeição, corrupção, falibilidade e miséria em que a igreja militante se encontra no presente, enquanto aguarda a vinda do Senhor Jesus, ocasião em que se tornará igreja triunfante. Ao mesmo tempo, ensina que não podemos ser cristãos sem ela. Que apesar de tudo, precisamos uns dos outros, precisamos da pregação da Palavra, da disciplina e dos sacramentos, da comunhão de irmãos e dos cultos regulares.

Cristianismo sem igreja é uma outra religião, a religião individualista dos livre-pensadores, eternamente em dúvida, incapazes de levar cativos seus pensamentos à obediência de Cristo.
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http://tempora-mores.blogspot.com/2010/04/os-desigrejados.html

NOTA:
(*) Podemos mencionar entre eles: George Barna, Revolution(Revolução), 2005; William P. Young, The Shack: a novel (A Cabana: uma novela), 2007; Brian Sanders, Life After Church(Vida após a igreja), 2007; Jim Palmer, Divine Nobodies: shedding religion to find God (Joões-ninguém divinos: deixando a religião para encontrar a Deus), 2006; Martin Zener, How to Quit Church without Quitting God (Como deixar a Igreja sem deixar a Deus), 2002; Julia Duin, Quitting Church: why the faithful are fleeing and what to do about it (Deixando a Igreja: por que os fiéis estão saindo e o que fazer a respeito disto), 2008; Frank Viola,Pagan Christianity? Exploring the roots of our church practices(Cristianismo pagão? Explorando as raízes das nossas práticas na Igreja), 2007; Paulo Brabo, Bacia das Almas: Confissões de um ex-dependente de igreja (2009).

postheadericon Ele não está aqui!!! RESSUSCITOU... Aleluia!!! (Lucas 24:6)

Eis a grande declaração de validação do cristianismo: ELE NÃO ESTÁ AQUI! RESSUSCITOU! Espiritualmente e até mesmo historicamente falando essa é, sem sobra de dúvidas, a frase de maior impacto entre todos os tempos.

Quando os varões vestidos de branco declararam às mulheres que foram ao túmulo de Jesus no domingo pela manhã que o Cristo não mais jazia ali, eles não estavam fazendo uma mera constatação humana. Jesus não estava ali não pelo fato de o seu corpo ter sido roubado ou ter sumido, evaporado; nem tampouco porque Deus o recolhera para sepultá-lo particularmente como o fez com Moisés (Dt.34:5-6). O corpo de Cristo não estava ali porque Ele ressuscitara dentre os mortos! (At.13:30) Aleluia!

Assim como Jesus mesmo prometera, o Pai o ressuscitou ao terceiro dia para que nunca mais experimentasse a morte. E essa ressurreição não foi algo apenas espiritual; Jesus ressuscitou em carne, conforme foi comprovado pelos seus discípulos, especialmente Tomé (Jo.20:25-29). Essa ressurreição de Cristo é o fundamento único da nossa ressurreição n’Ele, pois a nossa fé está pautada nela.

O Apóstolo Paulo afirma categoricamente que Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo Ele a primícia dos que dormem (1Co.15:20). A morte foi derrotada pela ressurreição de Cristo e agora, os que n’Ele nascem de novo e recebem a nova vida, os que n’Ele são batizados tendo crucificado a carne no Seu madeiro também ressuscitarão para nunca mais morrerem. Onde está a vitória da morte? (1Co.15:55) Foi tragada pela vitória de Cristo na sua ressurreição (1Co.15:54). Glórias a Deus!

Amados, Páscoa é a data mais importante desde a fundação do mundo. Na Páscoa comemoramos a consumação do plano eterno do Pai no tocante à salvação de todos os seus. Que nessa Páscoa nós venhamos a lembrar que é a Graça de Cristo que nos redimiu n’Ele. Que possamos lembrar que assim como mortificamos nossa carne na sua morte, também com Ele já temos garantida a nossa ressurreição (2Tm.2:11). Que possamos levar essa mensagem e viver essa, que é a verdadeira Páscoa.

Rev. Alessandro Capelari

postheadericon Três Milagres por R$1.000,00.

TRÊS MILAGRES POR 1000,00

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Mais uma vez fomos atacados violentamente em uma tentativa de espoliação de nosso dinheiro. Mais uma vez Malafaia e seus pares adentraram em nossos lares com promessas não verdadeiras atrás de nosso dinheiro. Tal ataque já tinha sido anunciado há algumas semanas. Malafaia avisou que faria isso quando anunciou que o Sr. M. Murdock participaria de seu programa e para nossa angústia esse programa será reprisado algumas vezes. Como sempre fazem tais vendilhões do templo gospel adentram nossos lares com afirmações de novas revelações por parte do Espírito Santo. Não possuem base bíblica para tais afirmações daí apelarem para novas revelações. Calvino já nos advertia contra tais novas revelações já em 1540 aproximadamente. Lutero disse: “Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para o que há de vir.”

Em agosto de 2009 M. Cerullo veio a este programa e tentou nos convencer a doarmos R$900,00 e assim seria liberada sobre nós uma unção financeira ilimitada até dezembro de 2009. Agora M. Murdock se apresenta tentando nos convencer que se doarmos R$ 1.000,00 três milagres serão liberados em nossas vidas.

Gostaria de comentar algumas aberrações ditas neste programa de 03/04/2010:

1 – A reação a um profeta do Senhor determina a reação de Deus para com o homem.

Em primeiro lugar M. Murdock se coloca na posição e condição de profeta de Deus. Como se tivesse um chamado para ser profeta no Séc. XXI. Esse tipo de afirmação tenta respaldar suas falas e afirmações. Quem é competente para questionar um profeta? Nesta base tais pessoas se valem de uma autoridade auto proclamada e auto assumida e querem empurrar isso goela abaixo para a igreja. A afirmação feita por Murdock é descabida e indutiva. Isso leva o povo a crer que está obedecendo a Deus diretamente. Isso não é e nunca será verdade.
Esse tipo de pensamento e ensinamento coloca Deus como um ser desprovido de soberania, pois, fica aguardando o homem fazer para depois Ele fazer. A Bíblia nos diz que: “
Agindo Deus quem impedirá?” Na Bíblia sempre a iniciativa é de Deus. Deus não reage ao homem. Deus age em relação ao homem e o homem reage à ação de Deus. Você pode argumentar sobre o caso do Profeta Jonas e a cidade de Nínive. Jonas pregou e os habitantes de Nínive se arrependeram, então é lícito concluir que Deus mudou seus planos. Deus nunca muda seus planos. Temporariamente, neste caso, Deus não executou seu juízo, mas 300 anos depois Nínive foi totalmente destruída.

2 – Murdock disse que seu novo livro está cheio de revelações poderosas. Mais parece com o livro mágico do Pr. Uriel do movimento de Boston, que teve uma revelação do livro que o profeta comeu ou se não me engano de um dos livros do Apocalipse, onde um anjo falava diretamente com uma equipe de seu ministério dando o significado de tal livrinho. Tal livro do Pr. Uriel tinha tanto poder que quando alguém tocava nele caia em arrebatamento espiritual. Ao longo do programa do Malafaia, Murdock leu algumas das novas e profundas revelações que recebeu. Mais parece conto da carochinha. Tentou demonstrar uma sabedoria espetacular, mas frontalmente contrária à Palavra de Deus. Ele disse algo parecido com isso: “se você insistir em tomar algo que Deus não lhe ofereceu, Ele tomar de volta o que lhe deu”. Deus, nesta forma de pensamento, mais parece um menino zangado que dá e porque foi decepcionado retira o que deu. Murdock cita Sansão como exemplo. Deus havia dado a ele uma unção, mas Sansão quis Dalila, aí Deus retira o poder de Sansão. O texto nos fala do pecado de Sanção ao quebrar o voto do nazireado e nunca essa lei imposta por Murdock. Tudo para tal pregado são leis espirituais. Se forem praticadas tudo ire bem, mas se forem quebradas o mal será descarregado em nós. Mais parece com o livro o Segredo. Exatamente o mesmo princípio.

3 – Murdock disse: “A única coisa que cria o favor de Deus é a obediência”.

Nunca vi tanto besteirol como nessa afirmação. Se for favor, Graça, então não é por atitude humana. O próprio termo favor ou Graça exclui a participação do homem, pois, Graça é o favor de Deus que nós não merecemos e nem fizemos por merecer. Mas para o grande sábio Murdock o favor de Deus é recebido quando obedecemos e acredito que assim diz para fortificar sua palavra que ele é profeta de Deus. O ensino da Graça soberana não nos empurra para a total passividade, mas nos lembra que Deus é a fonte de tudo, que a Sua graça deveria estar longe de nós, apesar de tudo que eu pudessemos fazer, mas Ele atua em minha vida e ai eu sou capacitado a fazer.

4 – Outra pérola: “Você deve semear a expectativa de uma semente”. Tal afirmação faz coro com o famigerado ensino do Dízimo Profético. Esse ensino diz que devemos dar o Dízimo Profético, ou seja, devemos dizimar a quantia que esperamos receber 10 vezes mais. Entrego o dízimo antecipadamente sobre a quantia que quero ganhar. Ensino profano e mundano. Chega às raias da obscenidade. A prova disso é que no final do programa Murdock pede para as pessoas ligarem e se comprometerem com a oferta mesmo que não tenham dinheiro. Pede para as pessoas se comprometerem que ofertarão assim que Deus lhes abençoar. Pede para que ofertem daquele dinheiro que está reservado para um carro novo, uma viagem ou mesmo uma imprevisibilidade na vida. No fundo ele pede que ofertem de qualquer maneira, ou seja, não quer saber de onde virá o dinheiro, ele quer é o dinheiro. Acredito que centenas de pessoas contrairão empréstimos para ofertar. Muitos deixarão de realizar algo importante para suas famílias e ofertarão.

5 - Murdock orou para liberar três milagres sobre os contribuintes.

1º milagre – Salvação de todos os familiares de todos os contribuintes em 12 meses.

2º milagre – Deus restituirá 7 vezes mais tudo aquilo que o Satanás levou em 90 dias.

3º milagre – Alguém demonstrará favor financeiro para cada contribuinte.

Analisemos os 03 milagres prometidos:

1º milagre: Salvação de todos os familiares de todos os contribuintes em 12 meses.

Ninguém pode garantir a salvação de ninguém, pois, a salvação vem de Deus e é obra de Deus. Sabemos que nem todos os seres humanos serão salvos, pois, Deus tem os seus eleitos e somente os tais serão salvos. Tal afirmação caminha para o Universalismo, doutrina que ensina que todos serão salvos, pois, Cristo morreu por todos. Logo ninguém se perderá. Sendo assim tudo fica mais fácil, pois, basta esperarmos para vê-los salvos. A salvação exige a responsabilidade do homem e está nunca será deixada de lado. O homem precisa responder ao sacrifício de Cristo e isso ele somente o faz quando é regenerado pela graça mediante a fé.

Agora, afirmar que porque alguém ofertou R$ 1.000,00 no ministério X salvação chegará a toda sua família no prazo de 12 meses é algo estranho à Bíblia e mentiroso. É um engodo dos mais terríveis. Salvação nunca foi e nunca será vinculada a oferta financeira, mas somente à Graça de Deus. Por isso, os reformadores cunharam uma das máximas da Reforma: SOLA GRATIA.

Está é a mesma mentira proclamada por M. Cerullo em agosto de 2009 no mesmo programa. Naquela ocasião quem desse uma oferta de R$ 900,00 receberia salvação em sua família. Nesse ponto Malafaia é coerente, pois, só trouxe ao Brasil profetas da mesma extirpe. Todos proclamando as mesmas asneiras.

2º milagres: Deus restituirá 7 vezes mais tudo aquilo que o Satanás levou.

Quem é M. Murdock para afirmar o que Deus fará esta restituição? Será que é tão intimo de Deus a ponto de saber tais segredos da Divindade? Pense um pouco: Por que não 70 vezes mais? Por que não 700 vezes mais? Para quem pensa tão grande como Murdock 7 constitui-se em um número muito pequeno, não acha? Qual o prazo dessa restituição?

Tal afirmação de Murdock deixa Deus à mercê do Diabo. Como se Satanás fizesse o que bem entende sem prestar satisfação para ninguém. Não entendo essa mania ou ensino idiota de atribuir nossos fracassos a Satanás. Tudo o que deu errado foi o Diabo. Isso tira a responsabilidade do homem e transfere para o mundo espiritual. Ai vem alguém especial e promete que por R$ 1.000,00 que tudo voltará 7 vezes mais. Acho engraçado isso, pois, a Bíblia nos diz que Deus retribuiu a Jó 2 vezes. Muito esquisito isso!

Agora fica a pergunta: O que foi que Satanás levou? Ou o que foi perdi por causa dos meus pecados e erros de avaliação? Ou onde entra nisso tudo a Soberania de Deus?

3º - Alguém demonstrará favor financeiro para cada contribuinte.

Parece-me que alguém aparecerá do nada e dará dinheiro e resolverá todos os problemas instantaneamente. Que coisa ridícula e descabida.

O que achei mais lindo nisso tudo foi a garantia que o ofertante receberia um exemplar do novo livro de M. Murdock e um belíssimo certificado de participante do seleto grupo que quer ganhar um milhão de almas. Algo subsidiado por princípios de marketing. Acredito que centenas de cristãos colocarão o tal certificado em seus escritórios, salas de jantar ou mesmo nas cabeceiras de suas camas e se sentirão realizados e orgulhosos do que fizeram. Que pena!

Terminando Mudorck profetizou que Deus estava revelando a ele que havia uma pessoa que estava precisando de um milagre financeiro, pois, tal pessoa passa por grande crise, então deveria plantar uma semente dos seus negócios, ou seja, dizimar sobre valores arrecadados em sua empresa. Que profecia esdrúxula! Que profecia caquética! Que profetada! Observe a afirmação: Existe uma pessoa que está passando por sérios problemas... Fiquei a me perguntar: Qual pessoa? Quantos entenderão que a tal profecia diz respeito a eles? Acredito que milhares. Não houve nome de ninguém. Não houve indicação dos negócios desta pessoa. Nada específico, somente o geral. Isso contraria a Palavra de Deus que nos diz que quando o Espírito Santo falou Ananias sobre Paulo, Ele disse quem era a pessoa, como se encontrava, na casa de quem se encontrava e o nome da rua onde tal casa se localizava. Isso é profecia. Inquestionável. Ágabo profetizou utilizando o cinto de Paulo, ou seja, identificou a pessoa e mostrou o que aconteceria e Paulo recebeu tal profecia, creu nela e não se intimidou ou abalou diante dela, mas confiantemente disse que estava pronto não somente a viver, mas também a morrer por Cristo.

Logo depois o grande profeta Murdock profetizou que Deus levaria ao sucesso 12 pessoas e que era para que tais pessoas ofertassem os R$ 1.000,00. Embasou o número 12 nos números dos 12 apóstolos, nas 12 tribos de Israel e nas 12 portas da Nova Jesuralém. Estas 12 pessoas deveriam oferta 12 sementes de R$ 1.000,00 durante os próximos 12 meses. Estas 12 pessoas são sementes extras. São 12 negócios que terão favor sobrenatural de Deus.

JÁ VIMOS ESTE FILME EM AGOSTO DE 2009. CERULLO EMBASOU ASSIM SEUS R$900,00: O PORQUE DOS R$ 900,00 É POR ESTARMOS EM 2009 E NOVE É NÚMERO DE COMPLETUDE. 2008 ERA O ANO DE DO INÍCIO E 2009 ANO DE SER COMPLETO.

No final do apelo Murdoch disse assim: “Quanto mais rápido a semente entrar no solo, mais rápido você verá o seu crescimento.

Lembrou o grande enviado Papa Leão X Johann Tetzel. Padre dominicano que foi encarregado pelo papa para vender indulgências na Alemanha no tempo de Lutero. Tetzel tinha uma máxima: “Tão logo a moeda no cofre ressoa, a alma sai do purgatório.” Parece muito com a esta palavra de Murdock, não parece? Refiro-me a rapidez dos resultados.

O que muito me estranha é não ver nenhum tipo de censura por parte da denominação pertencente tais pastores. Que pena!O que me estranha também é não existir ninguém com penetração na mídia para questionar essas coisas. Mesmo as denominações tidas como históricas, aquelas que estão na mídia, têm se calado concordando assim com essa orgia gospel.

Creio que ainda restam os 7000 que não dobraram seus joelhos a Baal.

Soli Deo Glória

Pr. Luiz Fernando R. de Souza

http://ministerioforcaparaviver.blogspot.com/2010/04/tres-milagres-por-100000.html#comment-form

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