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IPB Alvorada 06/03/11.

 Tema:


Texto Bíblico de:
Salmo 131

1- Senhor, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar; não ando a procura de grandes coisas, nem de coisas maravilhosas demais para mim. 2- Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada se aquieta nos braços da mãe, como essa criança é minha alma para comigo. 3- Espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre.


Introdução:


Uma das palavras mais ouvidas no nosso dia-a-dia é: CRISE. É crise política, social, na saúde, financeira, enfim, tem crise todo tipo e em todas as áreas.       E no meio deste mar de crises que nos assolam surge um questionamento nos corações: “Como devemos nos comportar no meio das crises?” Esta é uma pergunta que pode ter inúmeras respostas, dependendo do contexto de cada pessoa.
               
Por exemplo:
1.        Uns se desesperam e choram copiosamente, agindo como uma criança.
2.        Outros se revoltam contra tudo e todos. Do trabalho à família; é só mau humor e resposta brusca com todos.
3.        Há também aqueles que partem para atitudes desesperadas estanques:
Ø  O roubo.
Ø  A violência no lar.
Ø  O suicídio.

Mas também há aquelas pessoas que se acalmam e esperam a poeira abaixar. Confiando que a crise vai passar e a situação vai melhorar. É como aquele velho ditado: “Os cães ladram; a caravana passa. Os cães ladram; mas, a caravana passa.”


Narração:


Davi escreve o Salmo 131 oferecendo-nos uma receita eficaz para situações de crise. O salmista exprime o seu profundo sentimento de confiança em Deus com esta simples, clara e, no entanto, profunda oração. Este salmo expressa uma confiança advinda de um profundo relacionamento de intimidade com Deus. Ele é praticamente um testemunho pessoal de Davi, que por várias vezes demonstrou esse nível e esse estilo de confiança no meio de momentos de sérias crises que enfrentou, como por exemplo:
Ø  Quando desafiou Golias;
Ø  Quando fugiu de Saul e abriu mão de vingar-se.

É importante lembrar ainda que não era um ser qualquer falando com uma força imaginária e auto-sugestiva de encorajamento; mas era o servo de Deus, Davi, falando com o seu Criador e Senhor. Jeová: o único e verdadeiro Deus de Israel. Baseados então, nesta oração davídica: buscaremos tirar algumas lições práticas para o nosso viver, principalmente no que se refere a atravessar as crises que a vida nos proporciona. Davi nos ensina:


Título:
Como confiar em Deus em meio às Crises



1o) Em meio às crises: Nada de Orgulho: (V.1: Senhor, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar; não ando a procura de grandes coisas, nem de coisas maravilhosas demais para mim.)

Logo no início dessa oração, não encontramos Davi outorgando algo para si, nem muito menos decretando, ou reivindicando direito algum para com Deus. Davi sabia muito bem de seu estado humano e pecador diante do Deus Altíssimo. Ele tinha em mente a exata dimensão de sua necessidade de Deus no meio da adversidade.
Davi se apresenta ao Senhor sem arrogância nem presunção. Ele não se apresenta a Deus dizendo: “Eis aqui o rei de Israel que vos fala...”, pelo contrário, ele se humilha diante de Deus fazendo uma declaração maravilhosa de submissão: Senhor, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar...
Ainda ao procurar o auxílio Divino, Davi procura deixar claro ao Senhor a sua satisfação com as coisas que Deus lhe proporcionara até então dizendo: não ando a procura de grandes coisas, nem de coisas maravilhosas demais para mim. O que Davi queria naquele momento era somente a presença de Deus com ele.
Analisando o conteúdo deste primeiro verso, podemos observar que os termos: soberba, altivez e “procura de grandes coisas”, tem um mesmo sentido no texto: orgulho. Mesmo não tendo lido os escritos do Novo Testamento, Davi já tinha o conceito Bíblico no seu coração: (Tg.4:10: Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará. 1Pe.5:6: Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte...)
Davi faz uma tripla negação de orgulho diante de Deus:
Ø  Não é soberbo o meu Coração: O que Davi está declarando é que as suas intenções não são motivadas por um senso de dignidade e de merecimento. Ele sabia quem Deus era e quem ele mesmo era. Sabia que não merecia nada e que tudo provinha da misericórdia e graça de Deus. Davi quebra aqui o sue orgulho mostrando que não reconhecia valor algum em si mesmo e no cargo que ocupava.
Ø  Não é altivo o meu Olhar: Aqui Davi declara ao Senhor a sua percepção de quem ele era diante de Deus. Não era o Rei de Israel falando com um dos seus ‘deuses’ mundanos; mas era o Servo do Senhor, que sabia que o reinado que exercia fora concedido pelo Senhor e que o povo sobre o qual reinava era o povo do Senhor. Davi não olhava de cima pra baixo e nem de igual para igual, mas olhava para o Senhor como um grão de areia olha para o Sol. Ele no pó e Deus no alto da sua soberania. Davi quebra todo sentimento de presunção, de achar que é mais do que realmente é.
Ø  Não ando à procura de grandes coisas: O servo do Senhor deixa claro aqui que o seu desejo não é no desejo de grandeza, de reconhecimento, de busca de status. Davi quebra aqui toda jactância humana, toda vaidade, toda ostentação. É a satisfação completa com a providência Divina.

Atualmente vivemos no mundo das grandes coisas: das grandes fortunas, grandes feitos, grandes descobertas, conquistas, recordes... E isto tem embaralhado o pensamento teológico de muitas pessoas, confundindo ação de Deus com grandiosidades mundanas. Vê-se com facilidade a ação de Deus na riqueza, “prosperidade”, na habilidade individual das pessoas, mas tem-se dificuldade em ver Deus agindo na carestia, na doença, na dor e na morte.
Há que se entender que aquilo que é grande aos olhos do mundo constitui-se desprezível aos olhos de Deus: (Mc.8:36: Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida?) Ainda João nos exorta em 1Jo.2:15-17: 15- Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. 16- Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo. 17- Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para sempre.
Neste mundo tão secularizado as pessoas estão em busca fama, posição, poder, posses, em vez de buscar o que realmente vale a pena em se adquirir que é a salvação eterna. Daí vem grande parte das nossas crises, da frustração em não se conseguir o que se busca, da comparação com as conquistas de outrem, da decepção com o desempenho próprio. Tudo porque projetamos o nosso sucesso nas coisas e não em Deus. Projetamos a vida no ter em vez do ser...
Assim como Davi buscou somente a Deus para suprir sua alma, precisamos compreender que Jesus é o nosso tesouro maior. Amados, quando enfrentarmos as crises da vida devemos lembramo-nos de que, em primeiro lugar: NADA DE ORGULHO”.


2o) Em meio às crises: Nada de Ansiedade: (V.2: Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada se aquieta nos braços da mãe, como essa criança é minha alma para comigo.)

É fato que quando enfrentamos momentos difíceis a nossa alma tende a reclamar, a murmurar, a lamentar e até mesmo a desfalecer. Lembro-me que o escritor irlandês C. S. Lewis, escritor das Crônicas de Nárnia, disse certa feita que nos tempos em que ainda era ateu, sua mente o tentava a crer que Deus existia e que seu ateísmo estava errado, no entanto quando já cristão, a sua alma insistia em sugerir que Deus não existia no meio das adversidades.
Aqui vemos que Davi trava uma batalha contra os seus sentimentos de ansiedade diante das situações. Ele declara que fez calar e sossegar a sua alma. É como se a sua alma se insurgisse contra ele no momento calamitoso e ele lutasse contra ela mostrando-a, até como em uma profissão de fé, a provisão Divina.
Uma das coisas em que somos atingidos, quase que de imediato, em momentos de crise é na nossa tranqüilidade, na nossa paz. Já somos uma sociedade inquieta, tensa, nervosa, neurótica, ansiosa. E estas características se agravam muito quando estamos passando por dificuldades. Parece que quanto mais sofremos, menos confiamos. A ansiedade aflora em nós quase que de forma incontrolável e, quando damos conta de nosso estado estamos, até mesmo adoecidos pelo stress e pela tensão sofrida. É o que se chama de doença psicossomática.
No caso de Davi, no entanto, nota-se que o salmista lança-se aos cuidados divinos tal qual criança nos braços da mãe. Assim como um bebê se aquieta com o calor materno, Davi sossegava a sua alma nos braços do Senhor. A Palavra do Senhor nos ensina que devemos “lançar sobre Ele toda a nossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de nós”. (1Pe.5:7)
Conta-se a estória de que: em alto mar, em uma hora de pânico, sob forte tempestade; um pequenino garoto, em seu camarote, dizia: Eu sei que tudo sairá bem, quem está no comando deste navio é o meu pai.” É este confiar que Deus quer de nós.
Amados, ao sossegarmos o nosso ser nas mãos do Pai, automaticamente somos inundados pela paz proporcionada pelo Filho Jesus que nos diz: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; eu não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. (Jo.14:27). E o apóstolo Paulo nos diz ainda que esta paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os nossos corações e os nossos pensamentos em Cristo Jesus. (Fp.4:7).


3o) Em meio às crises: Nada de Desespero: (V.3: Espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre.)

Você já ouviu o ditado: “A esperança é a última que morre?” O salmista expressa a nota mais alta encontrada por ele para encerrar este salmo nesta esperança imortal no Senhor. É impossível viver neste mundo sem termos esperança. Uma esperança Bíblica, firme, fundamentada na Palavra. Uma esperança que não é torcida, mas certeza! Esperança de que mesmo que enfrentemos muitas adversidades, sempre teremos a Deus conosco no meio delas, esperança no dia em que seremos completamente transformados pela Graça e viveremos no céu. Esperança de que o mundo não tem a palavra final sobre as nossas vidas. Esperança de estar com Deus por toda a eternidade!
A esperança é o alento do cristão. (Sl.33:20: A nossa alma espera no Senhor; ele é o nosso auxílio e o nosso escudo.) (Sl.121:1-2: 1- Elevo os meus olhos para os montes; de onde me vem o socorro? 2- O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra.) A esperança cristã é a âncora da nossa alma (Hb.6:18-19: 18- para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos poderosa consolação, nós, os que nos refugiamos em lançar mão da esperança proposta; 19- a qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até o interior do véu;...)
Este mundo desesperado em que vivemos não pode tragar de nós a nossa esperança. É Deus quem nos fortalece, é Deus quem nos sustenta nas adversidades é Ele quem nos capacita a dizer: “porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia. (2Tm.1:12)
Amados, não importa quão grande seja a tempestade que nos cerca, o Senhor tem poder para acalmar o mar (Mt.8:27), não importa quão numerosos sejam os inimigos que lutem contra nós intentando tirar-nos a paz, e até mesmo a vida, o exército do Senhor ao nosso redor é muito mais poderoso do que eles (2Re.6:16-17), não importa o quanto o próprio diabo intente em matar-nos, maior é o que está em nós do que o que está no mundo (1Jo.4:4). Devemos estar sempre cheios da Esperança que é fruto da fé que temos na ação poderosa de Deus sobre nós. É isso que Davi busca colocar em prática ao declarar: Espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre. (Sl.131:3).


Conclusão:


Amados, que nas horas de dificuldades, de intensos conflitos, tensões, desespero, preocupações, ansiedade, no meio das tempestades, nos desfaçamos do orgulho, da ansiedade e do desespero, confiando somente e totalmente no Grandioso Poder de nosso Deus. Que hoje o Senhor inunde a sua vida enchendo o seu coração da mais tremenda e maravilhosa paz que excede todo o entendimento. Aleluia! Amém!
Em Cristo Jesus. A quem seja toda a Glória, Honra e Louvor por toda a eternidade. Amém.


Rev. Alessandro Capelari.

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